segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Trabalhadores dos Portos e da Galp em greve a partir desta segunda feira


Os trabalhadores do grupo Galp Energia (Galp, Petrogal e Lisboagás) fazem três dias de greve por melhores salários e pelo cumprimento da contratação coletiva. Os trabalhadores portuários iniciam um período de cinco semanas de greves com diferentes datas por sindicato, contra a revisão do regime jurídico do trabalho portuário, que pode deixar sem trabalho metade dos trabalhadores.
Trabalhadores dos Portos fazem greves durante cinco semanas, os da Galp fazem greve de 3 dias - Foto do blogue estivadoresaveiro.blogspot.pt
A greve dos trabalhadores do grupo Galp Energia foi convocada pela Fiequimetal (Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas – filiada na CGTP), decorrerá nos dias 17, 18 e 19 de setembro e abrangerá cerca de 4.000 trabalhadores, do universo da Galp Energia nas áreas da exploração, da produção, das refinarias e da distribuição.
À Agência Lusa, Armando Farias, coordenador da Fiequimetal, declarou que “tudo indica que vamos ter uma das maiores greves de sempre na empresa e entendemos que a administração deveria sentar-se à mesa, negociar e encontrar uma solução, que passa por manter os direitos dos trabalhadores”.
Segundo Armando Farias, a paralisação tem como objetivo “a defesa dos direitos dos trabalhadores”, numa altura em que "a empresa quer tirar direitos aos trabalhadores sobretudo aos que estão na contratação coletiva, o que é inaceitável” e resulta da aplicação do novo Código do Trabalho. A greve pretende também contestar “o aumento da comparticipação do regime do seguro de saúde, com um agravamento significativo das comparticipações a cargo dos trabalhadores” e é um protesto contra a atualização salarial de “apenas” um por cento, ocorrida no início do ano, quando, no primeiro semestre, a empresa teve um lucro de cerca de 200 milhões de euros e “os custos com os salários dos administradores atingiram os 3,7 milhões de euros, isto é, aumentaram mais de 30 por cento”.
A greve, que começa às 0h de segunda-feira na refinaria de Sines e às 6h na refinaria de Matosinhos, abrange todas as empresas do grupo Galp Energia.
Greves nos Portos durante cinco semanas
Apesar do Governo ter assinado um acordo com representantes dos operadores portuários e com sindicatos da UGT para a revisão do regime jurídico do trabalho portuário, a Frente Comum Sindical Marítimo-Portuária mantém a greve. Vítor Dias, presidente do Sindicato dos Estivadores, Trabalhadores do Tráfego do centro e sul de Portugal, disse à Lusa que aquele acordo “reforçou a união dos sindicatos que compõem a frente comum e tornou as pessoas ainda mais convictas na luta pelos direitos ao trabalho”.
Vítor Dias acrescenta que “estas coisas têm o condão de potenciar a vontade e a firmeza das pessoas perante as injustiças e este tipo de comportamentos”, refere que o acordo foi subscrito por “sindicatos que representam menos de 20 por cento do universo de trabalhadores portuários”, sublinhando que “enquanto o Governo não se dignar a negociar vai ter os portos inquinados”.
Refira-se que a revisão do regime jurídico do trabalho portuário poderá pôr em causa metade dos postos de trabalho dos trabalhadores portuários e o acordo assinado pela UGT corresponde a exigências da troika, segundo o governo.
blogue dos estivadores de Aveiro denuncia que “dividir para reinar, continua a ser um princípio usado por muita gente nos dias de hoje”, salienta que “pelos governantes já é usado há muito tempo” e lamenta-se os que se “deixem comprar prejudicando outras pessoas”.
O dirigente sindical Vítor Dias diz que a greve, que se inicia nesta segunda-feira, terá especial impacto nos portos de Lisboa, Setúbal, Sines, Viana do Castelo e Aveiro e frisa que “a adesão à greve anda sempre muito perto dos 100 por cento”. A exceção será o porto de Leixões, onde a maior parte dos estivadores é afeta ao sindicato da UGT.
Segundo a Lusa, a Frente Comum Sindical Marítimo-Portuária entregou pré-avisos de greve para os portos portugueses, com diferentes datas por sindicato, cobrindo um período total de 17 a 24 de setembro.
Os sindicatos dos trabalhadores portuários do Centro e Sul, que inclui Lisboa, Setúbal e Figueira da Foz, Caniçal, Sines, Aveiro e Viana do Castelo declararam greve das 0h de 19 de setembro (quarta-feira) até às 8h de dia 21 (sexta-feira).
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias convocou a greve para a totalidade dos dias 21 e 24 de setembro (de sexta-feira a segunda-feira), de acordo com os pré-avisos destinados aos portos do Continente, Madeira e Açores.
Por seu lado, o Sindicato dos Capitães, Oficiais Pilotos, Comissários e Engenheiros da Marinha Mercante declarou greve das 0h de 17 de setembro (segunda-feira) até à meia-noite de 18 de setembro (terça-feira), o mesmo período do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado.
Depois do anúncio do acordo entre o Governo, patrões e UGT, o Sindicato dos Estivadores, Trabalhadores do Tráfego do centro e sul de Portugal decidiu "endurecer ainda mais a luta”, tendo emitido um pré-aviso de greve parcial nos portos de Lisboa, Setúbal, Figueira da Foz e Sines entre 29 de setembro e 22 de outubro.

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Comunicado do Bloco de Esquerda sobre a Escola EB2,3 de Minde

Consulte no link abaixo:

Requerimento ao Secretário de Estado do Ambiente

Bloco requereu a vinda do Secretário de Estado do Ambiente

à AR para esclarecer funcionamento da ETAR de Alcanena

O deficiente funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcanena, com mais de 20 anos, tem sido extremamente penalizador para a qualidade de vida e saúde pública das populações deste concelho, além de ser responsável pela poluição de recursos hídricos e solos.

Esta ETAR, destinada a tratar os efluentes da indústria de curtumes, foi desde a sua origem mal concebida, a começar por se situar em leito de cheia. Desde então os problemas são conhecidos e persistem: maus cheiros intensos; incumprimento regular dos valores-limite estabelecidos para o azoto e CQO das descargas de efluente tratado em meio hídrico; célula de lamas não estabilizadas, com deficiente selagem e drenagem de lixiviados e biogás; redes de saneamento corroídas, com fugas de efluentes não tratados para o ambiente; saturação da ETAR devido a escoamento das águas pluviais ser feita nas redes de saneamento.

Desde há muito que estes problemas são conhecidos e nada justifica, ainda mais com todo o avanço tecnológico existente ao nível do funcionamento das ETAR, que se chegue ao final de 2010 com esta situação. E pior se compreende quando é o próprio Ministério do Ambiente a constatar que gastou ao longo dos anos cerca de 50 milhões de euros para tentar responder a estes problemas.

Em Junho de 2009 foi assinado um protocolo para a reabilitação do sistema de tratamento de águas residuais de Alcanena pela ARH Tejo, o INAG, a Câmara Municipal e a AUSTRA (gestora da ETAR), com investimentos na ordem dos 21 milhões de euros de comparticipação comunitária.

Este protocolo inclui cinco projectos, os mais importantes dos quais com prazo final apenas em 2013, o que significa arrastar os principais problemas identificados até esta data. Como os prazos de início dos estudos destes projectos já sofreram uma derrapagem, dúvidas se colocam sobre o cumprimento dos prazos estabelecidos, ainda mais quando não há certezas sobre a disponibilização de verbas nacionais para co-financiar os projectos, tendo em conta o contexto de contenção actual.

Considerando a gravidade dos problemas causados pela ETAR de Alcanena para as populações e o ambiente, o deputado José Gusmão e a deputada Rita Calvário do Bloco de Esquerda solicitam uma audiência com o Secretário de Estado do Ambiente, com a finalidade de obter esclarecimentos sobre os investimentos previstos para a reabilitação do sistema de tratamento, as soluções escolhidas, o cumprimento de prazos, e as garantias que os mesmos oferecem para resolver o passivo ambiental existente, os focos de contaminação dos recursos hídricos e solo, os maus cheiros e qualidade do ar respirado pelas populações deste concelho. Seria de todo útil que o presidente ou representantes da ARH-Tejo estivessem presentes nesta audiência.

Lisboa, 17 de Dezembro de 2010.

A Deputada O Deputado

Rita Calvário José Gusmão

Direito a não respirar “podre” – SIM ou NÃO?





No passado domingo, dia 12 de Dezembro, no Auditório Municipal de Alcanena, realizou-se uma conferência, dinamizada pelo Bloco de Esquerda, sobre a poluição em Alcanena.
Esta sessão reuniu um grupo de ‘preocupados’, que primeiramente ouviram as exposições de especialistas sobre o assunto e, no final, trocaram experiências e pontos de vista, baseados na própria vivência, bem como em conhecimentos técnicos e científicos.
Ficou bem patente que se trata de um grave problema de há muito sentido, mas também desvalorizado, do qual até ao momento não se conhecem as verdadeiras implicações para a saúde pública, mas que transtorna a vida de todos os que vivem e trabalham no concelho, tornando desagradável e doentio o seu dia a dia.
Ficou também claro que o Bloco de Esquerda, aliado desta causa, não abandonará a luta, que será levada até onde os direitos das pessoas o exigirem.

Comunicado de Imprensa

Leia em baixo o Comunicado de Imprensa de 3 de Dezembro do Bloco de Esquerda em Alcanena.

Clique aqui para ler

Reclamamos o DIREITO A RESPIRAR

Bloco de Esquerda continua na senda de uma solução para o grave problema de poluição ambiental em Alcanena



Na passada sexta-feira, dia doze de Novembro, uma delegação, composta pelo Deputado do Bloco de Esquerda pelo Distrito de Santarém, José Gusmão, e mais dois elementos do Bloco, foi recebida pela administração da Austra, no sentido de esclarecer alguns pontos relativos ao funcionamento da ETAR e à poluição que de há muito tem afectado Alcanena, com acrescida intensidade nos últimos tempos.

O Bloco de Esquerda apresentou já um requerimento ao Ministério do Ambiente, aguardando resposta.

Após a reunião com a administração da Austra, realizou-se na Sede do Bloco em Alcanena uma Conferência de Imprensa para fazer o ponto da situação.

Da auscultação da Austra, ficou claro para o Bloco de Esquerda que a ETAR de Alcanena não reúne as condições minimamente exigíveis, quer do ponto de vista do cumprimento da lei, quer da garantia de índices de qualidade do ar compatíveis com a saúde pública e o bem estar das populações.

A delegação do Bloco de Esquerda obteve do presidente da Austra o compromisso da realização de operações de monitorização da qualidade do ar em Alcanena, a realizar o mais tardar em Janeiro. De qualquer forma, o Bloco de Esquerda envidará esforços para que essa monitorização ocorra de forma imediata.

Embora existam planos para a total requalificação dos sistemas de despoluição, registamos com preocupação a incerteza sobre os financiamentos, quer nacional quer comunitário. O Bloco de Esquerda opor-se-á a que estes investimentos possam ser comprometidos por restrições orçamentais, e exigirá junto do Governo garantias a este respeito.

A participação popular foi e continuará a ser um factor decisivo para o acompanhamento e controlo da efectiva resolução do problema da qualidade do ar em Alcanena.

No âmbito da visita do Deputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão, ao Concelho de Alcanena, realizou-se um jantar-convívio no Restaurante Mula Russa em Alcanena, ocasião também aproveitada para dialogar sobre assuntos inerentes ao Concelho. Mais tarde, José Gusmão, conviveu com um grupo de jovens simpatizantes num bar deste concelho.

No sábado, dia treze de Novembro, José Gusmão e outros elementos do Bloco de Esquerda estiveram em Minde, no Mercado Municipal, distribuindo jornais do Bloco, ouvindo e conversando com as pessoas.

Neste mesmo dia, junto ao Intermarché de Alcanena, José Gusmão contactou com as pessoas e entregou jornais do Bloco de Esquerda.

Num almoço realizado em Minde, no Restaurante Vedor, com um grupo de aderentes e simpatizantes do Bloco, houve mais uma vez oportunidade para ouvir opiniões, experiências e expectativas, bem como de exprimir pontos de vista.

O Bloco de Esquerda continuará a luta por um direito que parece ser inerente à própria condição humana, mas que vem sendo negado às pessoas que vivem e trabalham em Alcanena – o direito de respirar ar “respirável” e de não ser posta em causa a sua saúde.


A Coordenadora do Bloco de Esquerda de Alcanena

Poluição em Alcanena: Requerimento à Assembleia da República

Pessoas esclarecidas conhecem o seu direito de respirar ar puro e lutam pela sua reconquista já que alguns até isto usurparam.

O Bloco de Esquerda encetou a luta pela despoluição de Alcanena na legislatura anterior e continuará a manifestar-se e a rebelar-se contra esta desagradável e injusta situação até que no nosso concelho possamos respirar de novo.


Veja aqui Requerimento apresentado pelo BE quanto à questão da poluição em Alcanena

Carta à AUSTRA

Carta entregue pelo grupo de cidadãos "Chega de mau cheiro em Alcanena" ao Presidente da Austra e Presidente da Câmara Municipal de Alcanena

INAUGURAÇÃO DA SEDE DO BLOCO DE ESQUERDA EM ALCANENA

Francisco Louçã inaugurou no passado domingo, dia 31 de Outubro, a Sede do Bloco de Esquerda em Alcanena. Na inauguração esteve também representada a Coordenação Distrital do Partido; estiveram presentes aderentes e convidados. Esta ocasião especial foi uma oportunidade de convívio, acompanhada de um pequeno beberete.
Francisco Louçã falou, como sempre, de forma clara e apelativa, abordando a actual situação crítica do país,apontando as razões, propondo alternativas e caminhos.
Baseando-se no Socialismo Democrático, o Bloco de Esquerda tem sido sempre activo na defesa dos valores da verdadeira Democracia, e propõe-se continuar essa luta. Esta nova Sede é mais um ponto de encontro, de trabalho, de partilha de pontos de vista e de tomada de iniciativas, possibilitando que se ouçam as vozes de todas as pessoas e transmitindo os seus problemas e expectativas.
Trata-se de um pequeno espaço, que representa uma grande vontade de mudança e que espera contar com a presença de todos os que partilhem os ideais de um concelho mais próspero, de uma sociedade mais justa e equilibrada, de um país realmente mais avançado.