quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Uma estratégia europeia para a esquerda

Segundo o autor do texto, para uma estratégia europeia de esquerda é preciso reflectir na articulação entre ruptura com a Europa neoliberal e projecto de refundação europeia.
“É preciso opor um projecto alternativo ao projecto burguês europeu, que conduz em todos os países à regressão social. Que os estudantes londrinos se tenham manifestado, gritando 'Todos juntos, todos juntos!', é um símbolo vivo dessa aspiração.”
“É preciso opor um projecto alternativo ao projecto burguês europeu, que conduz em todos os países à regressão social. Que os estudantes londrinos se tenham manifestado, gritando 'Todos juntos, todos juntos!', é um símbolo vivo dessa aspiração.”
A dimensão especificamente europeia vem agravar os efeitos da crise global. Desde há trinta anos, as contradições do capitalismo têm sido ultrapassadas, em resumo, por uma enorme acumulação de direitos fictícios sobre a mais-valia. A crise ameaçou destruí-los. Os governos burgueses decidiram preservá-los, dizendo que era preciso salvar os bancos. Eles tomaram as dívidas dos bancos por conta própria, sem quase nada exigir como contrapartida. Teria sido possível, contudo, impor condições a essa salvação, por exemplo a interdição de produtos especulativos e o encerramento dos paraísos fiscais; ou ainda responsabilizar os bancos por um certo montante da dívida pública que esta salvação fez bruscamente aumentar.
Entramos agora na segunda fase. Depois de ter passado a dívida do privado para o público, vão agora fazê-la pagar pelos trabalhadores. Esta terapia de choque toma a forma de planos de austeridade que são todos construídos no mesmo modelo: redução das despesas socialmente úteis e aumento dos impostos mais injustos. Só há uma alternativa a essa violência social: fazer os accionistas e os credores pagarem o custo da salvação do sistema. Tudo isto é claro e todos compreendem.
O colapso de um projecto burguês
Mas o que os trabalhadores devem agora pagar é também o colapso do projecto burguês de construção europeia. Com a moeda única, o pacto de estabilidade orçamental e a desregulamentação total da finança e dos movimentos de capitais, as burguesias europeias pensavam ter encontrado o bom sistema.
Pondo em concorrência os assalariados e os modelos sociais, a compressão salarial tornava-se o único meio de regular a concorrência inter-capitalista e de aprofundar as desigualdades favoráveis a uma camada social estreita.
No entanto, este modelo não era viável, porque punha o carro à frente dos bois pressupondo uma homogeneidade das economias europeias que não existia. A divergência pelo contrário agravou-se entre os países, segundo o seu lugar no mercado mundial e a sua sensibilidade ao curso do euro; as taxas de inflação não convergiram e as baixas taxas de juro favoreceram as bolhas imobiliárias, etc. Todas as contradições de uma construção truncada, que os euroliberais só descobrem agora, existiam antes da crise, mas esta fê-las explodir na forma de ataques especulativos contra as dívidas soberanas dos Estados mais expostos.
Por detrás da abstracção dos “mercados financeiros” há principalmente estabelecimentos financeiros europeus que para especular utilizam os capitais que lhes foram emprestados pelos Estados, a taxas de juro muito baixas. Esta especulação só é possível devido à não intervenção dos Estados e é preciso entendê-la como uma pressão para sanear os orçamentos à custa dos povos e preservar os juros dos bancos.
Duas tarefas imediatas
Do ponto de vista dos trabalhadores, as tarefas imediatas são claras: é preciso resistir aos planos de austeridade e recusar pagar a dívida, que não é outra coisa senão a dívida da crise. O projecto alternativo, em nome do qual esta resistência social se pode desenvolver, assenta na exigência de uma repartição das riquezas. Uma tal exigência é coerente: foi a compressão salarial, ou dito de outra forma a captação de uma parte crescente da mais-valia pela finança, que conduziu à enorme acumulação de dívidas que levou à crise. Tal é a verdadeira base material desta crise.
A alternativa passa especialmente por uma verdadeira reforma fiscal que anule os privilégios concedidos há anos às empresas e aos ricos. Ela implica também, de uma forma ou outra, a anulação da dívida. A incompatibilidade entre a dívida e os interesses sociais maioritários é total. Não pode haver saída progressista para a crise sem pôr em causa esta dívida, seja sob a forma de anulação ou de reestruturação. Além disso, um certo número de países vão provavelmente ser incapazes de pagá-la e é ainda mais importante antecipar esta situação e dizer como ela deverá ser gerida.
Sair do euro?
A ofensiva com que estão confrontados os povos europeus é inegavelmente agravada pelo espartilho europeu. Por exemplo, os bancos centrais europeus, contrariamente à Reserva Federal dos Estados Unidos, não podem monetizar dívida pública, comprando títulos emitidos pelo Tesouro. A saída do euro permitiria desatar este nó? É o que propõe Costas Lapavitsas no caso da Grécia, e isso como uma medida imediata, sem esperar, diz ele, que a esquerda se una para mudar a zona euro, o que ele acha “impossível”.
Esta ideia, que é proposta para o resto da Europa, enfrenta uma primeira objecção: a Grã-Bretanha não faz parte do euro e isso não a preservou da austeridade. É além disso fácil de compreender porque a extrema direita nacionalista pede a saída do euro, como acontece com a Frente Nacional em França. Pelo contrário, é mais difícil de ver quais poderiam ser os méritos de uma tal palavra de ordem para esquerda radical. Se um governo liberal fosse obrigado a tomar uma medida dessas, sob a pressão dos acontecimentos, é certo que isso seria o pretexto para uma austeridade ainda mais dura que aquela que conhecemos hoje e que isso não faria nada, pelo contrário, para estabelecer uma relação de forças mais favorável aos trabalhadores. É essa a lição que se pode extrair de todas as experiências do passado.
Para um governo de esquerda, sair do euro seria pelo contrário um verdadeiro erro estratégico. A nova moeda seria desvalorizada, pois afinal é esse o objectivo. Mas isso abriria uma brecha que imediatamente os mercados financeiros aproveitariam para lançar uma ofensiva especulativa. Isso provocaria um ciclo desvalorização-inflação-austeridade. Além disso, a dívida, até aí formulada em euros ou em dólares, aumentaria bruscamente no montante dessa desvalorização. Qualquer governo de esquerda verdadeiramente decidido a tomar medidas a favor dos trabalhadores seria seguramente confrontado com fortes pressões do capitalismo internacional. Mas de um ponto de vista táctico, seria melhor, nessa prova de força, utilizar de maneira conflitual o facto de se pertencer à zona euro.
Quanto ao fundo, é verdade que a construção europeia fundada na moeda única não é coerente e em qualquer caso está inacabada. Ela retira uma variável de ajustamento, a taxa de câmbio, às diferenças de evolução dos preços e dos salários no interior da zona euro. Os países da periferia têm então de escolher entre congelar os salários, como faz a Alemanha há dez anos, ou sofrer uma perda de competitividade e perdas de mercado. Esta situação conduz a uma espécie de impasse e não existem soluções imediatamente aplicáveis: voltar atrás mergulharia a Europa no caos em detrimento dos países mais frágeis; implementar uma nova lógica de construção europeia parece um objectivo fora de alcance. Se a zona euro estourasse, as economias mais frágeis seriam desestabilizadas pelos ataques especulativos. Mesmo a Alemanha nada teria a ganhar com isso, na medida em que a sua moeda se valorizaria de forma incontrolada, sofrendo o que os Estados Unidos procuram hoje impor a numerosos países, com a sua política monetária1.
Existem outras soluções, que passam por uma refundação total da União Europeia: um orçamento alimentado por um imposto unificado sobre o capital e financiando fundos de harmonização e investimentos social e ecologicamente úteis, a gestão conjunta das dívidas públicas, etc. Mas, repetindo, esta saída por cima não é possível a curto prazo, não por falta de dispositivos alternativos, mas porque a sua aplicação pressupõe uma mudança radical da relação de forças à escala europeia.
Que fazer então nesta conjuntura extremamente difícil? A luta contra os planos de austeridade e a recusa a pagar a dívida constituem a base de uma contra-ofensiva. É preciso de seguida, para que as resistências sejam reforçadas pela afirmação de um projecto alternativo, trabalhar sobre um tal programa, articulando soluções “técnicas” com uma explicação geral do conteúdo de classe da crise2.
A tarefa específica da esquerda radical e internacionalista é, em seguida, combinar as lutas conduzidas a nível nacional com a afirmação de uma outra Europa. Do seu lado, que fazem as burguesias? Elas afrontam-se sobre as políticas a conduzir porque defendem interesses que continuam a ser em grande parte nacionais e contraditórios. Mas quando se trata de impor a austeridade às suas respectivas classes operárias, elas apresentam uma frente comum solidamente unida.
No outro campo, há mais a fazer do que sublinhar as diferenças, certamente reais, que existem na situação dos diferentes países. O verdadeiro desafio é a construção de um ponto de vista internacionalista sobre a crise na Europa. É em primeiro lugar o único meio de se opor verdadeiramente à subida da extrema direita propondo alvos diferentes dos habituais bodes expiatórios. Em segundo lugar, é o meio de afirmar uma verdadeira solidariedade internacional com os povos mais fragilizados pela crise propondo que as dívidas sejam mutualizadas a nível europeu. É preciso pois opor um projecto alternativo ao projecto burguês europeu, que conduz em todos os países à regressão social. Como não compreender que as mobilizações, confrontadas com a coordenação burguesa a nível europeu, tenham necessidade de se apoiar num outro projecto coordenado? Embora seja verdade que as lutas são conduzidas num quadro nacional, elas seriam reforçadas por uma tal perspectiva, em vez de serem enfraquecidas ou desviadas pelos impasses do nacionalismo. Que os estudantes londrinos se tenham manifestado, gritando “Todos juntos, todos juntos!”, é um símbolo vivo dessa aspiração.
Para uma estratégia europeia
A tarefa é difícil, como o período que a crise abriu. Mas a esquerda radical não deve encerrar-se na escolha impossível entre uma aventura arriscada – a saída do euro – e uma harmonização utópica. Tudo pode ser feito para trabalhar com dois objectivos intermédios que ponham em causa as instituições europeias, por exemplo:
- os Estados da União Europeia devem poder pedir empréstimos directamente junto do Banco Central Europeu (BCE) a taxas de juro muito baixas e os bancos privados deveriam ser obrigados a responsabilizar-se por uma certa proporção da dívida pública;
- é preciso estabelecer um mecanismo padrão, que permita anular a respectiva dívida pública, na proporção dos benefícios fiscais aos ricos e dos montantes gastos com a salvação dos bancos;
- o saneamento orçamental deve passar por uma reforma fiscal, visando taxar, de forma harmonizada a nível europeu, os movimentos de capitais e as transacções financeiras, os dividendos e outros rendimentos do capital, as grandes fortunas e os rendimentos mais altos.
Deve ser entendido que tais objectivos não estão mais distantes nem mais próximos que a miragem de uma “saída do euro” que fosse favorável aos trabalhadores. É certamente absurdo esperar uma ruptura simultânea e coordenada em todos os países europeus. A única hipótese estratégica que se pode então conceber deve ter como ponto de partida uma experiência de transformação social que se inicie num país. O governo do país em questão tomaria medidas, como por exemplo a instauração de uma taxa sobre o capital. Mas ele estaria consciente, que deveria ao mesmo tempo antecipar as medidas de retaliação de que iria ser alvo imediatamente: a instauração, por conseguinte, de um controlo dos capitais. Tomando esta medida de protecção da reforma fiscal em curso, entraria abertamente em conflito com as regras do jogo europeu. Não tem portanto interesse em tomar a iniciativa de sair unilateralmente do euro, o que seria ainda uma falta estratégica enorme, pois a nova moeda seria imediatamente atacada afim de derrubar a economia do país “rebelde”.
Devemos, pois, abandonar a ideia de que existem atalhos “técnicos”, assumir o conflito inevitável e construir uma relação de forças - a dimensão europeia faz parte disso. Existe para isso um primeiro ponto de apoio, que é a capacidade de atacar os interesses capitalistas: o país inovador poderia reestruturar a sua dívida, nacionalizar os capitais estrangeiros, etc. ou ameaçar fazê-lo. É o que nunca pensaram fazer, em nenhum momento, os governos “de esquerda” de Papandreou na Grécia ou de Zapatero em Espanha.
O principal ponto de apoio resulta do carácter cooperativo das medidas tomadas. É uma enorme diferença com o proteccionismo clássico, que procura sempre, no fundo, jogar contra os outros, ganhando-lhes quotas de mercado. Todas as medidas progressistas, pelo contrário, são tanto mais eficazes quanto se generalizam a um maior número de países. Devemos pois falar aqui de uma estratégia de extensão que assenta no seguinte discurso: nós afirmamos a nossa vontade de taxar o capital e tomamos medidas de protecção adequadas. Mas esperando que esta medida, como propomos, seja estendida ao conjunto da Europa.
Conclusão: em vez de as opor, devemos reflectir na articulação entre ruptura com a Europa neoliberal e projecto de refundação europeia.
Texto publicado em Socialist Resistance, traduzido por Carlos Santos para esquerda.net

1 Ler Michael Hudson, “US Quantitative Easing Is Fracturing the Global Economy”.
2 Ler o notável documento do Bloco de Esquerda português: “A crise e os meios de a vencer”, 23 de Maio de 2010.

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Comunicado do Bloco de Esquerda sobre a Escola EB2,3 de Minde

Consulte no link abaixo:

Requerimento ao Secretário de Estado do Ambiente

Bloco requereu a vinda do Secretário de Estado do Ambiente

à AR para esclarecer funcionamento da ETAR de Alcanena

O deficiente funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcanena, com mais de 20 anos, tem sido extremamente penalizador para a qualidade de vida e saúde pública das populações deste concelho, além de ser responsável pela poluição de recursos hídricos e solos.

Esta ETAR, destinada a tratar os efluentes da indústria de curtumes, foi desde a sua origem mal concebida, a começar por se situar em leito de cheia. Desde então os problemas são conhecidos e persistem: maus cheiros intensos; incumprimento regular dos valores-limite estabelecidos para o azoto e CQO das descargas de efluente tratado em meio hídrico; célula de lamas não estabilizadas, com deficiente selagem e drenagem de lixiviados e biogás; redes de saneamento corroídas, com fugas de efluentes não tratados para o ambiente; saturação da ETAR devido a escoamento das águas pluviais ser feita nas redes de saneamento.

Desde há muito que estes problemas são conhecidos e nada justifica, ainda mais com todo o avanço tecnológico existente ao nível do funcionamento das ETAR, que se chegue ao final de 2010 com esta situação. E pior se compreende quando é o próprio Ministério do Ambiente a constatar que gastou ao longo dos anos cerca de 50 milhões de euros para tentar responder a estes problemas.

Em Junho de 2009 foi assinado um protocolo para a reabilitação do sistema de tratamento de águas residuais de Alcanena pela ARH Tejo, o INAG, a Câmara Municipal e a AUSTRA (gestora da ETAR), com investimentos na ordem dos 21 milhões de euros de comparticipação comunitária.

Este protocolo inclui cinco projectos, os mais importantes dos quais com prazo final apenas em 2013, o que significa arrastar os principais problemas identificados até esta data. Como os prazos de início dos estudos destes projectos já sofreram uma derrapagem, dúvidas se colocam sobre o cumprimento dos prazos estabelecidos, ainda mais quando não há certezas sobre a disponibilização de verbas nacionais para co-financiar os projectos, tendo em conta o contexto de contenção actual.

Considerando a gravidade dos problemas causados pela ETAR de Alcanena para as populações e o ambiente, o deputado José Gusmão e a deputada Rita Calvário do Bloco de Esquerda solicitam uma audiência com o Secretário de Estado do Ambiente, com a finalidade de obter esclarecimentos sobre os investimentos previstos para a reabilitação do sistema de tratamento, as soluções escolhidas, o cumprimento de prazos, e as garantias que os mesmos oferecem para resolver o passivo ambiental existente, os focos de contaminação dos recursos hídricos e solo, os maus cheiros e qualidade do ar respirado pelas populações deste concelho. Seria de todo útil que o presidente ou representantes da ARH-Tejo estivessem presentes nesta audiência.

Lisboa, 17 de Dezembro de 2010.

A Deputada O Deputado

Rita Calvário José Gusmão

Direito a não respirar “podre” – SIM ou NÃO?





No passado domingo, dia 12 de Dezembro, no Auditório Municipal de Alcanena, realizou-se uma conferência, dinamizada pelo Bloco de Esquerda, sobre a poluição em Alcanena.
Esta sessão reuniu um grupo de ‘preocupados’, que primeiramente ouviram as exposições de especialistas sobre o assunto e, no final, trocaram experiências e pontos de vista, baseados na própria vivência, bem como em conhecimentos técnicos e científicos.
Ficou bem patente que se trata de um grave problema de há muito sentido, mas também desvalorizado, do qual até ao momento não se conhecem as verdadeiras implicações para a saúde pública, mas que transtorna a vida de todos os que vivem e trabalham no concelho, tornando desagradável e doentio o seu dia a dia.
Ficou também claro que o Bloco de Esquerda, aliado desta causa, não abandonará a luta, que será levada até onde os direitos das pessoas o exigirem.

Comunicado de Imprensa

Leia em baixo o Comunicado de Imprensa de 3 de Dezembro do Bloco de Esquerda em Alcanena.

Clique aqui para ler

Reclamamos o DIREITO A RESPIRAR

Bloco de Esquerda continua na senda de uma solução para o grave problema de poluição ambiental em Alcanena



Na passada sexta-feira, dia doze de Novembro, uma delegação, composta pelo Deputado do Bloco de Esquerda pelo Distrito de Santarém, José Gusmão, e mais dois elementos do Bloco, foi recebida pela administração da Austra, no sentido de esclarecer alguns pontos relativos ao funcionamento da ETAR e à poluição que de há muito tem afectado Alcanena, com acrescida intensidade nos últimos tempos.

O Bloco de Esquerda apresentou já um requerimento ao Ministério do Ambiente, aguardando resposta.

Após a reunião com a administração da Austra, realizou-se na Sede do Bloco em Alcanena uma Conferência de Imprensa para fazer o ponto da situação.

Da auscultação da Austra, ficou claro para o Bloco de Esquerda que a ETAR de Alcanena não reúne as condições minimamente exigíveis, quer do ponto de vista do cumprimento da lei, quer da garantia de índices de qualidade do ar compatíveis com a saúde pública e o bem estar das populações.

A delegação do Bloco de Esquerda obteve do presidente da Austra o compromisso da realização de operações de monitorização da qualidade do ar em Alcanena, a realizar o mais tardar em Janeiro. De qualquer forma, o Bloco de Esquerda envidará esforços para que essa monitorização ocorra de forma imediata.

Embora existam planos para a total requalificação dos sistemas de despoluição, registamos com preocupação a incerteza sobre os financiamentos, quer nacional quer comunitário. O Bloco de Esquerda opor-se-á a que estes investimentos possam ser comprometidos por restrições orçamentais, e exigirá junto do Governo garantias a este respeito.

A participação popular foi e continuará a ser um factor decisivo para o acompanhamento e controlo da efectiva resolução do problema da qualidade do ar em Alcanena.

No âmbito da visita do Deputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão, ao Concelho de Alcanena, realizou-se um jantar-convívio no Restaurante Mula Russa em Alcanena, ocasião também aproveitada para dialogar sobre assuntos inerentes ao Concelho. Mais tarde, José Gusmão, conviveu com um grupo de jovens simpatizantes num bar deste concelho.

No sábado, dia treze de Novembro, José Gusmão e outros elementos do Bloco de Esquerda estiveram em Minde, no Mercado Municipal, distribuindo jornais do Bloco, ouvindo e conversando com as pessoas.

Neste mesmo dia, junto ao Intermarché de Alcanena, José Gusmão contactou com as pessoas e entregou jornais do Bloco de Esquerda.

Num almoço realizado em Minde, no Restaurante Vedor, com um grupo de aderentes e simpatizantes do Bloco, houve mais uma vez oportunidade para ouvir opiniões, experiências e expectativas, bem como de exprimir pontos de vista.

O Bloco de Esquerda continuará a luta por um direito que parece ser inerente à própria condição humana, mas que vem sendo negado às pessoas que vivem e trabalham em Alcanena – o direito de respirar ar “respirável” e de não ser posta em causa a sua saúde.


A Coordenadora do Bloco de Esquerda de Alcanena

Poluição em Alcanena: Requerimento à Assembleia da República

Pessoas esclarecidas conhecem o seu direito de respirar ar puro e lutam pela sua reconquista já que alguns até isto usurparam.

O Bloco de Esquerda encetou a luta pela despoluição de Alcanena na legislatura anterior e continuará a manifestar-se e a rebelar-se contra esta desagradável e injusta situação até que no nosso concelho possamos respirar de novo.


Veja aqui Requerimento apresentado pelo BE quanto à questão da poluição em Alcanena

Carta à AUSTRA

Carta entregue pelo grupo de cidadãos "Chega de mau cheiro em Alcanena" ao Presidente da Austra e Presidente da Câmara Municipal de Alcanena

INAUGURAÇÃO DA SEDE DO BLOCO DE ESQUERDA EM ALCANENA

Francisco Louçã inaugurou no passado domingo, dia 31 de Outubro, a Sede do Bloco de Esquerda em Alcanena. Na inauguração esteve também representada a Coordenação Distrital do Partido; estiveram presentes aderentes e convidados. Esta ocasião especial foi uma oportunidade de convívio, acompanhada de um pequeno beberete.
Francisco Louçã falou, como sempre, de forma clara e apelativa, abordando a actual situação crítica do país,apontando as razões, propondo alternativas e caminhos.
Baseando-se no Socialismo Democrático, o Bloco de Esquerda tem sido sempre activo na defesa dos valores da verdadeira Democracia, e propõe-se continuar essa luta. Esta nova Sede é mais um ponto de encontro, de trabalho, de partilha de pontos de vista e de tomada de iniciativas, possibilitando que se ouçam as vozes de todas as pessoas e transmitindo os seus problemas e expectativas.
Trata-se de um pequeno espaço, que representa uma grande vontade de mudança e que espera contar com a presença de todos os que partilhem os ideais de um concelho mais próspero, de uma sociedade mais justa e equilibrada, de um país realmente mais avançado.