quinta-feira, 20 de maio de 2010

Pobreza e RSI: o combate das ideias

José SoeiroUm dos problemas do combate à pobreza prende-se com os obstáculos culturais a uma abordagem séria do fenómeno. O senso comum está hoje impregnado de ideias falsas sobre os pobres. O RSI é uma medida sob ataque, e a esse ataque, reproduzido diariamente em conversas de rua e de café, é preciso opor uma pedagogia do esclarecimento e da reflexão. Sem ela, não ganharemos a hegemonia das ideias, condição fundamental de uma política de justiça. Este texto pretende ser um pequeno contributo para responder a algumas das questões que surgem mais frequentemente nas conversas que todos temos sobre estas questões.
Quais os factores que explicam a pobreza?
A pobreza é uma privação de recursos, desde logo materiais. Em Portugal, o modelo de desenvolvimento que temos produz activamente pobreza e o mais dramático é que, mesmo com o conjunto de políticas sociais que foram sendo criadas, temos sido incapazes de alterar o modelo económico que produz a pobreza e a estrutura de desigualdade que a perpetua. Os principais factores de pobreza são, no nosso país, os baixos salários (uma família com 4 elementos em que os pais ganhem o salário médio, ou uma família monoparental, muito facilmente está abaixo do limiar da pobreza), o emprego precário (que também significa menor salário na maior parte dos casos), a inexistência ou insuficiência do subsídio de desemprego (no caso dos desempregados de longa e muito longa duração, mas também no caso de jovens que não têm direito a esse subsídio, ou de pessoas que o perderam entretanto) e as pensões baixas, muitas vezes resultantes, elas próprias, de carreiras contributivas de baixos salários. Por isso tantos estudiosos do fenómeno, como Bruto da Costa, insistem na ideia de que a pobreza é sobretudo um problema de políticas económicas, antes de ser objecto das políticas sociais.
Portugal tem mantido taxas de pobreza próximas de 20%, ou seja, cerca de 2 milhões de pobres - e a variação tem sido muito baixa. Mais de 1/3 dos pobres são reformados. E 22% dos pobres são empregados remunerados, não apenas trabalhadores precários, mas também trabalhadores com contrato sem termo, mas com salários de miséria. 21,2% dos pobres são trabalhadores por conta própria. Ou seja, a esmagadora maioria dos pobres são trabalhadores - seja trabalhadores no activo, seja reformados.
E a pobreza reproduz-se e gera ciclos de vulnerabilidade social. Quem vem de uma família pobre, mais facilmente terá dificuldades no acesso e no sucesso no seu percurso educativo, e isso condiciona o seu acesso ao emprego e o seu salário, que condiciona os seus descontos, que condicionarão as pensões que terão no futuro. A pobreza gera também processos de exclusão, de desfiliação social, de desligamento do ponto de vista da cidadania, do acesso aos direitos, da participação social, das redes de sociabilidade, da participação política.
Com o RSI não estamos a dar "o peixe" em vez de dar "a cana e ensinar a pescar"?
A ideia de que existe uma oposição entre dar "o peixe" e "atirar dinheiro para cima dos problemas" ou dar "a cana de pesca" e permitir que as pessoas se autonomizem é uma ideia errada, baseada numa falsa oposição. É preciso dar o peixe e dar a cana de pescar, isto é, as políticas de combate à pobreza devem incentivar e permitir a emancipação das pessoas, a sua capacitação. Mas ninguém se autonomiza se não tiver o mínimo para sobreviver. Ter "o peixe" é a primeira condição para se poder "aprender a pescar". Sem redistribuição de rendimentos e sem assegurar que toda a gente tem o mínimo para subsistir, todas as políticas sociais são ineficazes, nomeadamente as que assentem na educação e na formação.
O RSI destina-se a pessoas que poderiam trabalhar mas não querem?
Não. Uma das ideias mais falsas que existem sobre o RSI é que a maioria dos beneficários são "jovens com bom corpo para trabalhar" mas que se acomodaram preguiçosamente a essa prestação. Essa mentira, que é um discurso ideológico sem nenhuma sustentação na realidade, não resiste ao primeiro confronto com os dados concretos sobre quem beneficia do RSI. A maior parte dos beneficiários do RSI são crianças, idosos e trabalhadores com baixos salários. Assim, as crianças - uma parte significativa dos agregados que beneficiam do RSI - não podem nem devem trabalhar. Os idosos já trabalharam uma vida inteira - e recebiam tão mal que, ao fim dessa vida, têm uma pensão que não lhes permite sair da pobreza. E os outros já trabalham - mas ganham tão mal que, sem o RSI, não teriam como sobreviver.
Alguém que está desempregado deve poder rejeitar um trabalho?
Deve. É essencial que o faça, porque essa é uma acção de generosidade e de solidariedade com todos os trabalhadores e desempregados. Se os desempregados aceitarem, ou forem obrigados a aceitar, qualquer tipo de emprego ou de trabalho, o efeito que isso tem é uma redução dos salários para todos.
No caso dos desempregados, o subsídio de desemprego não é um favor: as pessoas descontaram durante toda a sua vida de trabalho 5,22% do seu salário para assegurarem que estariam protegidos em caso de desemprego. O subsídio de desemprego não é uma caridade do Estado. É um direito de quem descontou, e é um direito que lhe pertence e que não pode depender da boa-vontade dos outros. No caso do RSI, ele pode efectivamente ajudar a impedir a generalização de trabalhos mal-pagos e de subemprego. Os patrões e a Direita odeiam o RSI: se ele não existisse, conseguiriam impor ainda mais brutalmente empregos com salários abaixo do salário mínimo e poderiam mais violentamente usar a chantagem para intensificar a exploração.
Hoje, desemprego de massa, promoção do subemprego e estigmatização dos "maus pobres" são os instrumentos para promover trabalhos informais, trabalhos parciais com remuneração abaixo do salário mínimo, programas governamentais de "apoio" a desempregados ou a jovens que os colocam a trabalhar em contrapartida de subsídios mas sem remuneração salarial nem os direitos associados a um contrato de trabalho, modalidades híbridas entre emprego e "assistência social", numa espécie de institucionalização da "precariedade assistida". Eles servem para transformar prestações sociais de combate à pobreza em formas de coerção para os novos "trabalhos forçados", tentando converter as exigências de "inserção" associadas a determinadas prestações sociais em formas de imposição de actividades pouco atractivas, mal remuneradas, mal enquadradas pelo direito do trabalho e desprotegidas. É por isso que a luta pelo direito dos cidadãos a recusar este tipo de empregos é uma luta fundamental da Esquerda.
Não existe o risco de as pessoas se acomodarem à situação de assistidos?
Em Portugal existe uma cultura de dependência do Estado, sim. É a cultura da burguesia rentista, que vive sem arriscar e apostando na privatização de monopólios naturais, na exploração de serviços sem concorrência e nos negócios com o poder político. Essa cultura deve ser destruída porque é parasitária do bem comum. A ideia de que alguém se acomoda ao luxo de uma vida com 89 euros por mês - que é o valor médio do RSI por pessoa - é uma ideia grotesca de quem não conhece a realidade. E se a vida não oferece nada de interessante às pessoas para se sentirem úteis, há que perceber porquê. Talvez encontremos algumas explicações na ausência de emprego, desde logo, no alto nível de desqualificação e alienação da maior parte do trabalho existente em Portugal, nos níveis miseráveis de remuneração, na injustiça da economia, na falta de ligação dos serviços públicos com as pessoas, em particular as mais isoladas social e territorialmente, nomeadamente na área da educação e da cultura.
O RSI tem como objectivo integrar as pessoas no mercado de trabalho?
Sim e não. No que diz respeito aos idosos e às crianças, espera-se que não, ou recuaríamos muitos séculos. No que diz respeito a pessoas em idade activa, uma parte dos beneficiários já estão inseridos. Aliás, é a sua inclusão no mercado de trabalho a razão da sua pobreza. A exploração capitalista explica o seu baixo salário e a necessidade de terem de recorrer a este tipo de prestações. No que diz respeito aos outros, evidentemente que é muito importante as pessoas terem acesso ao trabalho. Ele é, para usar a expressão de Robert Castel, "o grande integrador", porque dá um rendimento, confere, em princípio, autonomia e é fonte de identidade social positiva. O problema é que a situação de desemprego não tem a ver com a "ausência de vontade" dos desempregados, mas com a inexistência de empregos disponíveis no mercado de trabalho. Ou seja, mesmo que se esforcem, que arranjem planos de formação, os e as técnicas do RSI não conseguirão encaminhar as pessoas para o trabalho remunerado porque ele não existe. Há mais de 730 mil desempregados em Portugal. E as ofertas de emprego são uns escassos milhares.
Há fraude no RSI? Não deveria haver mais controlo e fiscalização?
Há fraude no RSI, sim. Ela é menor do que, por exemplo, no subsídio de doença e ninguém defende que, por haver baixas fraudulentas, se acabe com o subsídio de doença! Calcula-se que possa haver 14% de fraude no RSI, a mais baixa taxa de fraude do conjunto das prestações sociais existentes. Mas desta, só 3% corresponde a falsas declarações, nomeadamente de rendimentos. É muito pouco. Aliás, o RSI é das medidas mais fiscalizadas. Imagine-se só que o RSI, tal como o Complemento Solidário para Idosos, são os únicos casos em que o Estado obriga automaticamente a que o sigilo bancário seja levantado quando a pessoa se candidata à prestação. O sigilo bancário, intocável para os ricos que fogem aos impostos - numa evasão fiscal calculada em 30 mil milhões de euros! - foi imediatamente aplicado aos mais pobres.
A fiscalização como acto burocrático dá nos "carimbos dos desempregados", assimilados a criminosos com pulseira electrónica, humilhados por estarem desempregados, sujeitos a toda a violência do "mercado dos carimbos" que surgiu para responder às exigências "fiscalizadoras" do Estado.
Mas o RSI custa muito dinheiro? Não impede que se gaste noutras coisas mais importantes?
O RSI custa cerca de meio milhão de euros, para cerca de 400 mil pessoas em situação de pobreza, uma pequena parte dos 2 milhões de pobres que existem em Portugal. Ou seja, custa menos de 1/6 do que António Mexia ganhou em 2009. Custa cerca de 1/5 do que ganhou Rui Pedro Soares. E o valor da fraude e evasão fiscal em Portugal é 60 vezes superior ao que se gasta no RSI. Alguém falou em verdade de declarações, fiscalização, justiça?
A grande questão é se nós queremos ter uma política de combate à pobreza ou se, pelo contrário, queremos ter uma política de combate aos pobres. É muito fácil pegar em dois ou três casos e explorar a inveja social dos pobres contra os mais pobres e dos remediados contra os pobres. Mas o sentido da emancipação é a solidariedade e a dignidade de todos. E não há dignidade nem liberdade sem combate à pobreza. Esse combate precisa de medidas transformadoras da política económica. Mas entretanto, há que não deixar morrer à fome os que estão à nossa volta.
José Soeiro

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Comunicado do Bloco de Esquerda sobre a Escola EB2,3 de Minde

Consulte no link abaixo:

Requerimento ao Secretário de Estado do Ambiente

Bloco requereu a vinda do Secretário de Estado do Ambiente

à AR para esclarecer funcionamento da ETAR de Alcanena

O deficiente funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcanena, com mais de 20 anos, tem sido extremamente penalizador para a qualidade de vida e saúde pública das populações deste concelho, além de ser responsável pela poluição de recursos hídricos e solos.

Esta ETAR, destinada a tratar os efluentes da indústria de curtumes, foi desde a sua origem mal concebida, a começar por se situar em leito de cheia. Desde então os problemas são conhecidos e persistem: maus cheiros intensos; incumprimento regular dos valores-limite estabelecidos para o azoto e CQO das descargas de efluente tratado em meio hídrico; célula de lamas não estabilizadas, com deficiente selagem e drenagem de lixiviados e biogás; redes de saneamento corroídas, com fugas de efluentes não tratados para o ambiente; saturação da ETAR devido a escoamento das águas pluviais ser feita nas redes de saneamento.

Desde há muito que estes problemas são conhecidos e nada justifica, ainda mais com todo o avanço tecnológico existente ao nível do funcionamento das ETAR, que se chegue ao final de 2010 com esta situação. E pior se compreende quando é o próprio Ministério do Ambiente a constatar que gastou ao longo dos anos cerca de 50 milhões de euros para tentar responder a estes problemas.

Em Junho de 2009 foi assinado um protocolo para a reabilitação do sistema de tratamento de águas residuais de Alcanena pela ARH Tejo, o INAG, a Câmara Municipal e a AUSTRA (gestora da ETAR), com investimentos na ordem dos 21 milhões de euros de comparticipação comunitária.

Este protocolo inclui cinco projectos, os mais importantes dos quais com prazo final apenas em 2013, o que significa arrastar os principais problemas identificados até esta data. Como os prazos de início dos estudos destes projectos já sofreram uma derrapagem, dúvidas se colocam sobre o cumprimento dos prazos estabelecidos, ainda mais quando não há certezas sobre a disponibilização de verbas nacionais para co-financiar os projectos, tendo em conta o contexto de contenção actual.

Considerando a gravidade dos problemas causados pela ETAR de Alcanena para as populações e o ambiente, o deputado José Gusmão e a deputada Rita Calvário do Bloco de Esquerda solicitam uma audiência com o Secretário de Estado do Ambiente, com a finalidade de obter esclarecimentos sobre os investimentos previstos para a reabilitação do sistema de tratamento, as soluções escolhidas, o cumprimento de prazos, e as garantias que os mesmos oferecem para resolver o passivo ambiental existente, os focos de contaminação dos recursos hídricos e solo, os maus cheiros e qualidade do ar respirado pelas populações deste concelho. Seria de todo útil que o presidente ou representantes da ARH-Tejo estivessem presentes nesta audiência.

Lisboa, 17 de Dezembro de 2010.

A Deputada O Deputado

Rita Calvário José Gusmão

Direito a não respirar “podre” – SIM ou NÃO?





No passado domingo, dia 12 de Dezembro, no Auditório Municipal de Alcanena, realizou-se uma conferência, dinamizada pelo Bloco de Esquerda, sobre a poluição em Alcanena.
Esta sessão reuniu um grupo de ‘preocupados’, que primeiramente ouviram as exposições de especialistas sobre o assunto e, no final, trocaram experiências e pontos de vista, baseados na própria vivência, bem como em conhecimentos técnicos e científicos.
Ficou bem patente que se trata de um grave problema de há muito sentido, mas também desvalorizado, do qual até ao momento não se conhecem as verdadeiras implicações para a saúde pública, mas que transtorna a vida de todos os que vivem e trabalham no concelho, tornando desagradável e doentio o seu dia a dia.
Ficou também claro que o Bloco de Esquerda, aliado desta causa, não abandonará a luta, que será levada até onde os direitos das pessoas o exigirem.

Comunicado de Imprensa

Leia em baixo o Comunicado de Imprensa de 3 de Dezembro do Bloco de Esquerda em Alcanena.

Clique aqui para ler

Reclamamos o DIREITO A RESPIRAR

Bloco de Esquerda continua na senda de uma solução para o grave problema de poluição ambiental em Alcanena



Na passada sexta-feira, dia doze de Novembro, uma delegação, composta pelo Deputado do Bloco de Esquerda pelo Distrito de Santarém, José Gusmão, e mais dois elementos do Bloco, foi recebida pela administração da Austra, no sentido de esclarecer alguns pontos relativos ao funcionamento da ETAR e à poluição que de há muito tem afectado Alcanena, com acrescida intensidade nos últimos tempos.

O Bloco de Esquerda apresentou já um requerimento ao Ministério do Ambiente, aguardando resposta.

Após a reunião com a administração da Austra, realizou-se na Sede do Bloco em Alcanena uma Conferência de Imprensa para fazer o ponto da situação.

Da auscultação da Austra, ficou claro para o Bloco de Esquerda que a ETAR de Alcanena não reúne as condições minimamente exigíveis, quer do ponto de vista do cumprimento da lei, quer da garantia de índices de qualidade do ar compatíveis com a saúde pública e o bem estar das populações.

A delegação do Bloco de Esquerda obteve do presidente da Austra o compromisso da realização de operações de monitorização da qualidade do ar em Alcanena, a realizar o mais tardar em Janeiro. De qualquer forma, o Bloco de Esquerda envidará esforços para que essa monitorização ocorra de forma imediata.

Embora existam planos para a total requalificação dos sistemas de despoluição, registamos com preocupação a incerteza sobre os financiamentos, quer nacional quer comunitário. O Bloco de Esquerda opor-se-á a que estes investimentos possam ser comprometidos por restrições orçamentais, e exigirá junto do Governo garantias a este respeito.

A participação popular foi e continuará a ser um factor decisivo para o acompanhamento e controlo da efectiva resolução do problema da qualidade do ar em Alcanena.

No âmbito da visita do Deputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão, ao Concelho de Alcanena, realizou-se um jantar-convívio no Restaurante Mula Russa em Alcanena, ocasião também aproveitada para dialogar sobre assuntos inerentes ao Concelho. Mais tarde, José Gusmão, conviveu com um grupo de jovens simpatizantes num bar deste concelho.

No sábado, dia treze de Novembro, José Gusmão e outros elementos do Bloco de Esquerda estiveram em Minde, no Mercado Municipal, distribuindo jornais do Bloco, ouvindo e conversando com as pessoas.

Neste mesmo dia, junto ao Intermarché de Alcanena, José Gusmão contactou com as pessoas e entregou jornais do Bloco de Esquerda.

Num almoço realizado em Minde, no Restaurante Vedor, com um grupo de aderentes e simpatizantes do Bloco, houve mais uma vez oportunidade para ouvir opiniões, experiências e expectativas, bem como de exprimir pontos de vista.

O Bloco de Esquerda continuará a luta por um direito que parece ser inerente à própria condição humana, mas que vem sendo negado às pessoas que vivem e trabalham em Alcanena – o direito de respirar ar “respirável” e de não ser posta em causa a sua saúde.


A Coordenadora do Bloco de Esquerda de Alcanena

Poluição em Alcanena: Requerimento à Assembleia da República

Pessoas esclarecidas conhecem o seu direito de respirar ar puro e lutam pela sua reconquista já que alguns até isto usurparam.

O Bloco de Esquerda encetou a luta pela despoluição de Alcanena na legislatura anterior e continuará a manifestar-se e a rebelar-se contra esta desagradável e injusta situação até que no nosso concelho possamos respirar de novo.


Veja aqui Requerimento apresentado pelo BE quanto à questão da poluição em Alcanena

Carta à AUSTRA

Carta entregue pelo grupo de cidadãos "Chega de mau cheiro em Alcanena" ao Presidente da Austra e Presidente da Câmara Municipal de Alcanena

INAUGURAÇÃO DA SEDE DO BLOCO DE ESQUERDA EM ALCANENA

Francisco Louçã inaugurou no passado domingo, dia 31 de Outubro, a Sede do Bloco de Esquerda em Alcanena. Na inauguração esteve também representada a Coordenação Distrital do Partido; estiveram presentes aderentes e convidados. Esta ocasião especial foi uma oportunidade de convívio, acompanhada de um pequeno beberete.
Francisco Louçã falou, como sempre, de forma clara e apelativa, abordando a actual situação crítica do país,apontando as razões, propondo alternativas e caminhos.
Baseando-se no Socialismo Democrático, o Bloco de Esquerda tem sido sempre activo na defesa dos valores da verdadeira Democracia, e propõe-se continuar essa luta. Esta nova Sede é mais um ponto de encontro, de trabalho, de partilha de pontos de vista e de tomada de iniciativas, possibilitando que se ouçam as vozes de todas as pessoas e transmitindo os seus problemas e expectativas.
Trata-se de um pequeno espaço, que representa uma grande vontade de mudança e que espera contar com a presença de todos os que partilhem os ideais de um concelho mais próspero, de uma sociedade mais justa e equilibrada, de um país realmente mais avançado.